O Glaucoma é uma doença causada, essencialmente, pelo aumento
da pressão intra-ocular (PIO) que gera lesões no nervo óptico. No entanto,
pessoas que possuem níveis de PIO considerados normais também podem desenvolver
a doença. Motivo pelo qual estudos estão em andamento.
Segundo dados do site “Dr. Visão”, o nível de pressão intra-ocular
considerado normal varia entre 14 a 16 milímetros de mercúrio (mmHg). Acima de
22 mmHg é considerado suspeito ou anormal. O aumento de PIO é causado por um
bloqueio no escoamento do humor aquoso, fluido que preenche o olho.
O glaucomatoso perde progressivamente a capacidade de
enxergar e, se não receber tratamento com antecedência, pode ficar cego. A
Organização Mundial da Saúde estima que 4,5 milhões de pessoas possam adquirir
cegueira em decorrência do glaucoma primário. O número representa doze por
cento na soma de todos os casos de cegueira no mundo. Por isso, os
especialistas recomendam visitas ao oftalmologista anualmente. O diagnóstico
precoce e o tratamento adequado podem preservar a visão.
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Evolução do Glaucoma: a perda da capacidade visual inicia nas zonas periféricas do campo de visão.
Crédito da foto: Site Instituto de Olhos Renato Ambrósio.
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O site “Dê uma olhada nisso – Cuidado com o Glaucoma” elenca,
em matéria sobre o assunto, os indivíduos pertencentes ao grupo de risco. São
eles:
- Os indivíduos com mais de 40 anos, pois o risco aumenta
após essa faixa etária;
- Os negros, pois possuem maior predisposição para adquirir a
doença em idade inferior à média do restante da população;
- As pessoas com grau de miopia acima de seis;
- Os diabéticos e
- As pessoas que sofreram trauma ocular ou doenças intra-oculares.
O glaucoma pode se manifestar de formas diferentes. Por isso,
há uma designação específica para cada tipo da doença.
- Glaucoma Crônico de Ângulo Aberto: É o tipo mais freqüente.
Ocorre em 80% dos casos. Não costuma apresentar sintomas.
- Glaucoma Agudo de Ângulo Fechado: Neste caso, a pressão
intra-ocular se eleva muito e repentinamente. Apresenta dores intensas, embaçamento
visual, olho vermelho, náuseas e vômito. Além disso, o indivíduo pode perder a
visão de forma irreversível em pouco tempo. É, portanto, considerado uma
emergência oftalmológica que necessita de tratamento imediato.
- Glaucoma de Pressão Normal: Também não costuma apresentar
sintomas. Ocorre em pessoas com níveis normais de pressão intra-ocular. O site
“Dê uma olhada nisso – Cuidado com o Glaucoma” salienta que, geralmente, a
doença progride lentamente sem que o indivíduo perceba a diminuição na capacidade
visual.
- Glaucoma Secundário: Pode surgir como uma complicação
oriunda de cirurgias oculares, cataratas avançadas, lesões oculares e uveítes
(inflamações oculares). Além disso, o uso indiscriminado de corticóides
(medicamentos para o tratamento de inflamações) também pode desencadear a
doença.
- Glaucoma Congênito: Quando o bebê nasce com a doença ou a
desenvolve nos primeiros anos de vida. O pediatra oferecerá o diagnóstico
correto. Alguns sintomas são olhos embaçados, sensibilidade à luz, lacrimejamento
excessivo, globo ocular aumentado e córnea grande e opaca.
No site do doutor Dráuzio Varella, há uma entrevista com Dr.
Alberto Betinjane. Ele é médico oftalmologista e chefe do setor de Glaucoma Congênito
do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Dentre os vários
aspectos da doença levantados na conversa, Varella o questiona a respeito do
tratamento.
O oftalmologista diz que a primeira indicação, após o
diagnóstico definido por profissional, são os colírios. “As doses iniciais de colírios costumam ser mais brandas
para avaliar até que ponto a pessoa reage à sua aplicação. Às vezes, porém,
associam-se duas ou três medicações diferentes para baixar a pressão a níveis
que consideramos ideais para aquela pessoa em particular. É a chamada
pressão-alvo, que varia de uma pessoa para outra”, diz o médico.
Além
disso, segundo o Dr. Betinjane, em último caso, pode-se recorrer à cirurgia. “Porque
a cirurgia implica sempre algum risco, tanto no pré-operatório quanto no
pós-operatório tardio e, muitas vezes, não traz os resultados esperados. Por
isso, evitamos o procedimento cirúrgico desde que a doença seja controlada por
meios clínicos e não cause prejuízo para a qualidade de vida do paciente”,
explica o especialista.
Postado
por Fabricia B.